sexta-feira, março 11, 2016

VIOLÊNCIA CONTRA MULHER

Apesar de ser um crime e grave violação de direitos humanos, a violência contra as mulheres segue vitimando milhares de brasileiras reiteradamente: 43% das mulheres em situação de violência sofrem agressões diariamente; para 35%, a agressão é semanal. Esses dados foram revelados no Balanço dos atendimentos realizados em 2014 pela Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR).
Em relação ao momento em que a violência começou dentro do relacionamento, os atendimentos de 2014 revelaram que os episódios de violência acontecem desde o início da relação (23,51%) ou de um até cinco anos (23,28%).
Em 2014, do total de 52.957 denúncias de violência contra a mulher, 27.369 corresponderam a denúncias de violência física (51,68%), 16.846 de violência psicológica (31,81%), 5.126 de violência moral (9,68%), 1.028 de violência patrimonial (1,94%), 1.517 de violência sexual (2,86%), 931 de cárcere privado (1,76%) e 140 envolvendo tráfico (0,26%).
Dos atendimentos registrados em 2014, 80% das vítimas tinham filhos, sendo que 64,35% presenciavam a violência  e 18,74% eram vítimas diretas juntamente com as mães.
 Academias de todo o país presenciam o movimento de aumento da demanda das mulheres por lutas e artes marciais. Por trás da escolha por um exercício físico, está o desejo de dominar técnicas de defesa pessoal com o objetivo de aprenderem um modo de se protegerem da violência a que estão suscetíveis no dia-a-dia.
De acordo com informações da Associação Brasileira de Academias (Acad), há a percepção de um aumento de 40% na procura pela prática de lutas nas academias, desde 2012. Segundo a Acad, as mulheres já representam cerca de 30% do novo público que quer praticar alguma modalidade de luta.
Esta procura é um reflexo da falta de segurança e também da sociedade. O Mapa da Violência, lançado pelo Instituto Sangari e publicado em 2012, aponta que o Paraná é o terceiro estado brasileiro mais violento para as mulheres, baseado em dados de homicídios cometidos  em 2010.
Uma professora de Guarapuava, na região central do Paraná, Andressa Machula, começou a treinar a arte marcial coreana Hapkido após o incentivo do namorado, que também pratica a luta. Ela contou ao G1( g1.globo.com) que nunca precisou usar as técnicas do Hapkido após começar a treinar, há dois anos, mas que a autoconfiança melhorou bastante.
“O que me chamou a atenção no Hapkido é que não é só uma atividade física, é uma filosofia. A hierarquia que existe dentro do esporte é muito legal, mas a questão de aprender uma técnica de defesa pessoal é muito importante, nós mulheres estamos sujeitas à violência”, avalia Machula.

– Por Mestre Eli da Silva Fabiano / Instrutor de Hapkidô

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